Eu
busco um amor que apenas me ame, me encante e me transborde. Um amor para andar
de mãos dadas, fazer programas a dois, rir um do outro com besteiras de casal,
esbanjar romantismo, dormir abraçados numa noite de chuva, assistir filme
comendo pipoca, ouvir músicas apaixonadas procurando nas letras a nossa
história e viver intensamente cada momento da relação. Tem quem ache impossível
viver um relacionamento sério assim nos dias de hoje, onde a maioria das
pessoas estão acostumadas com romances superficiais, sem entrega total, sem
compromisso sério. Romances carregados de joguinhos e disputas de egos. Mas eu
ainda prefiro acreditar na existência do amor maduro, real, verdadeiro,
repartido meio a meio e vivido por completo. Tem quem ache clichê viver um romance
desse, mas tem quem queira vivê-lo mais que tudo. Tem quem ache burrice amar de
verdade e se entregar a alguém, mas tem quem ache lindo essa troca sincera de
corações.
Tem quem prefira sair pra balada, beijar
na boca e curtir sem se apegar a ninguém, mas tem quem faça prevalecer o desejo
de ser de alguém e de sentir que tem alguém para si. Tem quem queira viver
apenas uma aventura que acaba não dando em nada, mas também tem quem opte por
um romance duradouro e sincero.
É uma pena que hoje em dia muitas pessoas façam pouco
caso do amor e omitam-se covardemente aos seus encantos. Às vezes eu acho até
que nasci na época errada. Mas tenho esperanças de que ainda existam pessoas
que batam no peito com orgulho e digam: Eu sou capaz de amar e me entregar às
delícias do amor!' Estes, além de determinados e sensíveis, são corajosos.
Porque num mundo cheio de corações vazios e alienados,
se permitir viver um sentimento intenso e verdadeiro é, no mínimo, ato de
coragem. Portanto, um salve bem grande para quem vive (ou quer viver) amando,
se permitindo, tentando e se entregando aos doces prazeres do amor. Porque amar
não saiu de moda, e chique é quem sabe viver um amor sério, puro, intenso e
verdadeiro. Até o
fim.
(Tatianna Reiniger)